sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Cidadão do céu, sujeito às leis da terra

Estamos chegando a mais um período de eleições para vereadores e prefeitos, e quando começa essa corrida são muitas as campanhas de conscientização de voto promovidas pelo governo federal.

Este ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançou uma campanha muito criativa e inteligente sobre a importância não só de votar com responsabilidade, mas também de acompanhar o trabalho de seu candidato após ele haver sido eleito. O slogan diz "quatro anos é muito tempo".

Embalado nesse clima de incentivo ao exercício de nossa cidadania, quero trazer neste post algumas palavras que considero importantes.

Em primeiro lugar, não devemos nunca esquecer que nossa vida na terra é muito breve se a compararmos a eternidade da nossa alma. Como eu já disse de outras vezes, baseado nas cartas do apóstolo Paulo, devemos gastar nossa vida investindo na vida que teremos por toda a eternidade. Ou seja, o melhor caminho é dedicar-se a vontade de Deus para desfrutar de uma vida plena ao Seu lado no céu.

Entretanto, não podemos esquecer de um "pequeno" detalhe: ainda estamos na terra. O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos nos dá alguns conselhos. Vamos ao texto-base de hoje:

"Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por Ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação para si mesmos" (Romanos 13.1,2).

Sendo assim, em segundo lugar, de acordo com o texto-base, vemos que toda e qualquer autoridade está debaixo da autoridade maior que é Deus, e todos devem se submeter a elas.

Lembra dos atributos de Deus? Onipresente, onisciente e onipotente? Vamos focar nesse último: onisciente, ou seja, aquele [o único] que detém todo o poder. Em miúdos: se todo o poder pertence a Ele, qualquer um que tenha qualquer tipo de poder, o recebeu de Deus segundo o seu propósito.

Paulo explica algo que resistimos em entender: Deus constituiu cada autoridade e deu-lhes poder, é dever nosso nos submetermos a elas, e Deus se responsabilizará por cada um. É nosso dever orar por nossos governantes e entregá-los nas mãos de Deus.

Então quer dizer que quem tem de ser eleito será porque é da vontade de Deus e eu só tenho que obedecê-lo? E quanto a campanha do TSE? Não devo cobrar os políticos?

A Palavra de Deus nos diz que devemos orar por nossos governantes. Mas não só isso; Paulo nos deu um exemplo claro, que está registrado no livro dos Atos dos Apóstolos (capítulo 25, verso 22). O apóstolo seria açoitado perante todos, porém ele valeu-se de seus direitos de cidadão romano e foi apelando e sendo julgado por cada autoridade em várias instâncias.

Paulo deixou clara a mensagem sobre o nosso comportamento em relação as autoridades. Devemos reconhecer que elas estão debaixo da suprema autoridade - Deus - e por isso devemos honrá-las e obedecê-las. Devemos orar por elas. E devemos exercer os nossos direitos. Se elegemos nossos representantes, temos o direito de cobrá-los (dentro da lei) para que cumpram aquilo que prometeram fazer.

Bem, esse assunto é bem mais extenso do que pensei quando comecei a escrever. Minha intenção era apenas de comentar o texto (que só citei em parte) de Romanos 13,1-7. Para não me estender muito, continuarei o tema nos próximos posts.

Até a próxima, e que Deus inunde a sua vida com a Sua Paz!

domingo, 17 de agosto de 2008

Você está sentindo?

Algumas frases podem soar como a mais pura verdade se forem temperadas com dois ingredientes especiais: convicção e oportunismo. Se alguém está muito convicto sobre alguma coisa, é muito provável que consiga convencer mais alguém sobre a sua idéia. Quer ser aceito naquilo que fala? Fale a alguém predisposto a te ouvir. Por exemplo, se alguém passa por dificuldades financeiras, fale a ela como ela pode ganhar dinheiro fácil; se ela foi injustiçada, diga-lhe sobre seus direitos; resumidamente, diga ao povo o que ele quer ouvir, e você sempre será aceito.

Há, porém, um enorme perigo aqui! Nós devemos ser instrumentos de Deus, e eu como músico sei muito bem, que instrumento nenhum tem vontade própria e executa a música que bem entender. Somos apenas instrumentos! Mas, esse assunto fica para outro dia.

Hoje quero falar sobre outro assunto. Em vários programas "populares" da TV - aqueles típicos programas de auditório - psicólogos e artistas querendo ser conselheiros ensinam aos telespectadores: "faça aquilo que você realmente deseja; siga seu coração"! Ok, um programa qualquer de TV diz muitas coisas erradas, mas e quando esses ensinamentos entram na igreja?

Quem já não ouviu palavras que incentivam agir quando sentir isso ou aquilo? "Se você sentir em seu coração, faça!", "você está sentindo algo agora?". Não estou fazendo contra-apologia aos sentimentos do coração. Mas, se basear em emoções é um grande risco.

O profeta Jeremias disse em seu livro "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9). Como posso basear minhas atitudes e minhas convicções naquilo que tenho de mais enganoso (o coração)?

Sempre fico desconfiado quando alguém em seu discurso começa a usar elementos emocionais. Emocional e racional vivem em luta; é difícil equilibrar os dois, principalmente se de propósito um dos dois for mais estimulado que o outro por aquilo que se ouve.

Devemos ter cuidado, assim como advertiu o profeta Oséias: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento" (Oséias 4.6). Mas, o mesmo profeta deu a receita do remédio, "Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor" (Oséias 6.3).

Se alguém perguntar: "você está sentindo?", responda, "não, eu estou pensando!". O evangelho é baseado em fé; sobre a racionalidade, o apóstolo Paulo escreveu: "Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Romanos 12.1).

Eu também nunca havia pensado sobre isso, até ler o livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu" escrito por Mark W. Baker. Ele conta várias histórias de pessoas que foram ao seu consultório com problemas que adquiriram porque basearam suas atitudes em seus sentimentos; "mas, eu senti que devia fazer isso" foi a frase mais repetida aquelas pessoas.

Meus irmãos, nossa fé é racional. Nossas convicções devem ser fundamentadas na palavra de Deus. Nosso coração é mais enganoso e perverso do que todas as coisas. Cuidado! Não vamos nos deixar enganar e sermos destruídos. Deus é nosso Pai e quer nos ensinar a viver em seus caminhos.

Que a Paz de Deus inunde a sua vida. Amém!

sábado, 9 de agosto de 2008

Novo Feed

Olá a todos! A Paz do Senhor.

Quero aqui anunciar o novo endereço feed deste blog: http://feeds.feedburner.com/crentevivo

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Deus abençoe a você! Fique na Paz de Cristo

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Rei x Pai

Como será morar em um reino? Estar em um lugar governado por um único líder absoluto, responsável por todo o povo que habita em um território. Por mais que eu assista filmes de época, não consigo atingir tal imaginação.

Seria possível falar pessoalmente com esse rei? Vamos relembrar a história de Ester.

Houve uma época em que o povo judeu esteve dominado pelos medos e persas, e seu imperador era Assuero. Sua rainha o desonrou e ele determinou que outra mulher deveria assumir a coroa em seu lugar. Todas as mulheres da região foram trazidas até o palácio, e uma por noite era apresentada ao rei. Entre elas estava Ester; esta porém, nunca disse ao rei que era judia.

Quando chegou a vez de Ester ir à presença do rei Assuero, ele gostou muito dela e tornou-a rainha. Certo dia, após uma cilada tramada por Hamã, o principal príncipe do reino, o rei decretou que todos os judeus deveriam ser mortos. Ester precisava tomar uma atitude para defender o seu povo; isso seria uma notícia bombástica ao rei.

Ester chamou em secreto a Mardoqueu (seu tio) e disse-lhe que avisasse a todo o povo judeu que jejuasse com ela, e ela iria falar com o rei (Ester 4.15,16).

"Sucedeu, pois, que ao terceiro dia Ester se vestiu com trajes reais, e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
"E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro." (Ester 5.1,2)


Veja só tudo o que foi necessário para que Ester pudesse ir falar com o rei. Ela arriscou-se, podendo ser morta por procurar o rei sem ser chamada. Para saber o final da história, leia o resto do livro de Ester =)

Agora, veja só este outro texto: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hebreus 4.16).

Quanta diferença! Quanto privilégio recebemos através do sacrifício de nosso Senhor Jesus!

Podemos entrar confiadamente; Ester sabia que corria um risco. A diferença, é que nosso rei é também nosso Pai! Ele nos ama tanto, que nos dá livre acesso a ele. Podemos chegar à sua presença e clamarmos por socorro sempre que precisarmos. Ele é nosso Rei!

Deus nos abençoe, e refresque nossa memória para que nunca esqueçamos essa enorme mudança que Jesus proporcionou. Ele é maravilhoso! Que toda a nossa vida seja dedicada ao louvor desse rei de amor. Amém!

domingo, 3 de agosto de 2008

Um cantinho a sós

Imagine você e a pessoa a quem você ama. Pra onde você a levaria para provar o seu amor por ela? Uma praia deserta? Um hotel? Uma viagem pela Europa? Deus te levaria para o deserto. Trágico? Não, romântico!

"Portanto, agora vou atraí-la; vou levá-la para o deserto e falar-lhe com carinho" (Oséias 2.14).

Recapitulando o contexto do texto acima:

Oséias foi profeta durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e de Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel. Nesse período os judeus se envolveram com outros povos e adquiriram alguns costumes de culto a outros deuses.

Deus não gostou nada desse atitude de seu povo. Disse-lhes que os castigaria por tal comportamento até que se arrependem-se profundamente, e de coração contrito pedissem perdão. Deus estava levando-os ao deserto.

No deserto os recursos são muito escassos. Não há companhia. É um lugar propício para reflexão. Não há interferência; nada com que se possa se distrair.

Essa era a intenção de Deus: levar Israel a um momento de reflexão para que se arrependesse de suas más atitudes, e se voltasse para Deus.

Mas, Deus não é sádico. Preste bem atenção ao versículo: "vou atraí-la". Ele não disse: "vou enviá-la"; ou seja, Deus estaria lá com seu povo para cuidar dele. E mais, disse também: "... e falar-lhe com carinho". O propósito não era colocar de castigo; era demonstrar seu amor.

Tudo fica muito claro no verso 16: "Naquele dia", declara o Senhor, "você me chamará 'meu marido'; não me chamará mais 'meu senhor'". E ainda no verso 19: "Eu me casarei com você para sempre; eu me casarei com você com justiça e retidão, com amor e compaixão".

Quer maior declaração de amor do que essa?

Deus ainda faz isso nos dias de hoje conosco, seu povo por adoção. Ele nos atrai para o deserto para lá, longe do barulho do mundo, das interferências, nos falar com carinho e nos instruir.

Quando estiver no deserto, lembre-se: Deus está lá com você para demonstrar seu amor.


Que Deus continue abençoando a vocês. Até a próxima!